Rejuvescimento Facial
Rejuvescimento Facial
O envelhecimento facial ocorre em idades e formas diferentes para as pessoas. Algumas sentem-se entristecidas com o aparecimento das rugas e da flacidez na face e pescoço.
A consulta deve ser minuciosa e o cirurgião deve procurar entender o que está preocupando o paciente.
O exame físico deve ser minucioso nos três andares da face, superior, médio e inferior. Os movimentos palpebrais e da boca, a simetria dos movimentos, as regiões com protrusões ou “afundamentos” devem ser registradas cuidadosamente.
O tratamento inclui desde a região mais alta da testa até a parte mais inferior do pescoço.
Na testa pode-se fazer a ablação para paralisar os movimentos, diminuição da sua altura em casos de testas muito longas, elevação das sobrancelhas com o GBL, entre outros.
Nas pálpebras, a blefaroplastia inferior e inferior poderão estar indicadas.
Na face flácida, o lifting facial pode deixá-la mais estirada diminuindo muito o sulco nasogeniano. A bola de Bichat, se aumentada, pode ser diminuída.
Na região cervical (pescoço) medial o tratamento do músculo digástrico e platisma, além da ressecção da gordura inter-platismal, permitirão um ângulo bem mais definido entre o queixo e o pescoço, eliminando a “papada”. Em alguns casos, quando a glândula submandibular estiver aumentada, esta é reduzida.
Na parte cervical lateral o platisma é também tracionado. O excesso de pele é removido e pontos são aplicados fechando a pele.
Uma grande novidade, que revolucionou a cirurgia de face, foi a rede hemostática criada pelo Dr. André Auersvald, de Curitiba. Pontos externos na pele são aplicados em toda a área descolada permitindo que a pele não sofra deslocamento devido ao inchaço e, principalmente, que não ocorra hematoma. Estes pontos são retirados com 48 horas.
O hematoma é o acúmulo de sangue sob a pele que, dependendo da quantidade, exige nova cirurgia para a sua remoção.
O paciente fica internado por dois dias. Deve evitar sol por dois meses e o retorno ao trabalho ocorre após 30 dias, em média.
Frontoplastia
A frontoplastia ou cirurgia plástica da região frontal (testa) aborda basicamente três aspectos: a altura excessiva (testa longa), rugas e protrusões ósseas.
A diminuição da altura da testa é feita mediante incisão na linha de implantação dos cabelos, descolamento e avanço do couro cabeludo e resseção da pele. Assim, consegue-se diminuição de 1 a 2,5 centímetros da testa.
O tratamento das rugas frontais, ou seja, da testa, e as rugas glabelares, que ficam entre as sobrancelhas, podem ser tratadas com toxina botulínica. O resultado é efetivo, mas dura de três a quatro meses.
Os pacientes que querem um resultado definitivo podem ser submetidos a ablação. Essa técnica, desenvolvida por nós, é realizada mediante a introdução de agulha especial na região lateral da testa e, com auxílio de instrumento de coagulação, os ramos nervosos temporais são coagulados determinando assim a paralisia completa do músculo frontal.
O músculo não se contrai e as rugas desaparecem. Da mesma forma, as rugas glabelares são tratadas com o mesmo procedimento de ablação. A agulha entra na parte medial das sobrancelhas e é introduzida na lateral do nariz, e aí são coagulados os ramos nervosos do nervo zigomático-nasal que inervam o músculo corrugador e prócerus, que ao se contraírem determinam as rugas entre as sobrancelhas e as rugas nasais.
As protrusões ósseas ou ondulações que ocorrem na testa são tratadas mediante abrasão óssea com drill, ou seja, lixamento ósseo. Em casos mais graves, podem ser necessários recortes ósseos e remodelagem desta região. A colocação de pó de osso permite superfície regular.
Viterbo, F.; Ranzani, F.; Campos, E. “New treatment of frontal sinus hypertrophy”. Plast. Reconst. Surg. 86: 776-9, 1990.
Viterbo F, Lutz B S. “Aesthetic correction of a hypertrophic sinus frontalis: a long-term follow-up evaluation and refinement of the method.” Aesthetic Plast. Surg. C; 30 (6):723-6, novembro/dezembro 2006.